3 gajos. 3 benfiquistas. 3 irmãos de armas. 3 futuros vencedores do Nobel. talvez não. de toda a maneira os maiores.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

"Pela forma como trabalha se avalia o artista" (Jean de la Fontaine)

Bom, hoje resolvi falar dum tema que já me passou pela mente (mas não aldraba) várias vezes desde que comecei a frequentar os hospitais da nossa capital e a perceber a sua orgânica, e quase certamente que posso extrapolar esse mesmo tema a outros hospitais do nosso país. Falo-vos de um dos maiores grupos de crime (des)organizado a operar em Portugal: AS GAJAS DA LIMPEZA!, que normalmente pertencem a empresas que são sub-contratadas pelos hospitais, e às quais gostaria de juntar os/as auxiliares de acção médica (nome pomposo que se dá hoje em dia para o que antigamente se denominava de maqueiros e tarefeiros, e sei lá que mais).

Meus amigos, isto é um autêntico gang (não bang), que opera à descarada apesar de eu nunca ter apanhado nenhum membro desta (des)organização criminosa em pleno acto, mas penso que se tentasse não seria muito difícil.
Esta malta deita a mão a tudo o que lhes aparece à frente, e por vezes até julgo que não seja pelo valor comercial, porque não estou a ver muitas destas criaturas a irem vender telemóveis por elas palmados (gosto do termo "palmar" para o que o Dr. Shubi chamaria de catanço) para a porta da loja do cidadão como alguns indivíduos fazem. Isto é roubar por falta de valores, e não por falta de comida na mesa!!
Há quem já me tenha contado que apanhou auxiliares a vasculhar nas coisas da mesa de cabeceira dos doentes... acham isto normal?
Outro caso... quando estive em Cirurgia, desapareceu misteriosamente o telemóvel do cirurgião... ahhh mistério! Digamos que duvido que tenham sido as enfermeiras porque estavam na sala a ajudar, eu e as minhas caríssimas colegas doutoras também não devemos ter sido porque estivémos o tempo todo a assistir à cirurgia, daí que só sobram membros de 2 classes: AS GAJAS DA LIMPEZA (que limpeza só fazem mesmo a limpeza dos pertences alheios) e as AUXILIARES (que fazem tudo menos auxiliar outro para além delas!).

Agora pergunto-me, será que há mesmo uma rede de gamanço?
Serão as empresas de limpeza uma fachada para trazer mulheres de leste para os bares de alterne portugueses? (atenção: eu não sei o que é uma casa de alterne, nem se há lá gajas de leste, mas é o que vem nas revistas, e eu acredito nelas, as revistas)
Será que cada GAJA DA LIMPEZA tem uma conta num paraíso fiscal para onde vão os lucros da limpeza que elas fazem nas gavetas dos doentes e nos bolsos das batas dos médicos?
Será que este país vai assim tão mal para que alguém que recebe um ordenado ande a vasculhar gavetas para roubar uma treta dum colar de pérolas falsas sem qualquer valor (a não ser o sentimental para a dona) a uma qualquer idosa internada num hospital?

Tenho um conselho a dar-vos: se por azar tiverem de ficar internados ou tiverem algum familiar num hospital (público ou privado) ou num lar ou residência, tende atenção, MUITA ATENÇÃO a esta autêntica pandilha do crime (des)organizado!

Não querendo estar a ser injusto, até porque em todo o lado há gente honesta e bandidos, TENHO DITO!