“Ai que calor, ai que calor/ ai que calor ai que calor ai que calor” (Canção da praxe)
Sempre que vejo água a pingar dum prédio arrepio-me. Isto porque na minha cabeça o líquido que está a cair só pode ser uma de duas coisas: lixívia ou urina de cão. A lixívia mete medo porque pode dar cabo de uma peça de roupa, o que é uma chatice e antecipa em algum tempo a ida à loja de roupa anual. A urina de cão não é propriamente Evian. E a urina de cão é uma preocupação para mim porque vivendo na capital mundial da bosta de cão, as varandas estão pejadas de canitos aflitos para urinar. E por baixo de várias varandas o passeio tem uma tonalidade característica... Depois destas duas há também alternativas não muito mais agradáveis. A água dos canteiros das flores. A cuspidela. E uma que motivou a escrita deste post mas que de todas é a melhorzinha: a água dos ares condicionados. Nestes dias de Sol intenso e calor proporcional há sítios em que a densidade populacional destes aparelhos é tão grande que parece que chove. Devo admitir que sabe muito bem. Mas é quando se está dentro da divisão aclimatizada pelo electrodoméstico... os pingos na rua... geram o chamado pânico...
E agora vou criar a chamada recriação de um facto real em jeito de guião cinematográfico (ou seja vou arruinar mais uma forma de escrita literária):
(rapaz a caminhar pela rua, cheio de bazófia)
Pling (gota de uma substância desconhecida cai sobre o rapaz)
Rapaz (monólogo interior): É LIXÍVIA OU URINA????
(pausa)
(rapaz dá uns passos para o lado e olha para cima apreensivo)
Rapaz (monólogo interior): Ah é do ar condicionado...
O FIM
Isto até ao dia em que seja mesmo urina...
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