“The answer, my friend, is blowin' in the wind,/The answer is blowin' in the wind.”(Bob Dylan)
Transportes públicos. Para alguns um mito. Para muitos a realidade do dia-a-dia. Para mim não há viagem nalgum meio de transporte que substitua um passeio num eléctrico (dos velhinhos claro). Especialmente agora que está bom tempo.
A porta aberta a meio. A cadeira e o controlo do guarda-freios. As janelas todas abertas. Não há ar condicionado. Não há cheiro a catinga. Madeira por todo o lado. Madeira na mão. A pessoa que vai sair. Madeira no rabo e nas costas. A “buzina”. O som das rodas sobre os carris. Os prédios antigos com os azulejos na fachada. As subidas e as descidas. O ar fresquinho contínuo. O carro mal estacionado. Mais buzinadela que parece o toque dos telefones antigos. E que não pára. Começa a andar outra vez. Há novamente vento. A velhota de bengala a tentar subir os degraus. Levantar. Velhota senta-se. “Obrigado”. Madeira outra vez na palma da mão. Os turistas com mãos e olhos nos mapas e guias da cidade. Indicador no nome de uma rua. Os semáforos só com um traço. Carregar no botão. PARAR começa a piscar. Sair. Cabeça pronta para tudo o que apareça à frente.
2 Comments:
Ah eléctricos uma paixão para uns, uma causa de engarrafamento para outros...
Esqueces-te de falar dos clientes mais assiduos dos eléctricos, os carteiristas e os penduras...
9:42 da tarde
707-ELECTRICO-707
"Pois todos temos de entrar em contacto com o electricozinho dentro de nos de vez em quando"
Chamada de valor acrescentado.
9:48 da tarde
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